terça-feira, 11 de outubro de 2016

A integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem: uma opção ou uma necessidade?

Já há vários anos que as novas tecnologias foram enraizadas no nosso dia-a-dia e em toda a sociedade com as mais diversas funções. No entanto, é vista positivamente por uma parte da sociedade mas também de um ponto de vista negativo por parte de alguma população. Isto acontece, sobretudo, quando se fala das Novas Tecnologias na Educação e da sua relação. Tal como foi referenciado pelo professor e adjunto da área da Filosofia e das TIC João Paz, ainda há uma grande resistência no uso das Novas Tecnologias e das TIC por parte dos professores da geração mais antiga. Já por parte dos alunos a atitude difere bastante, pois as novas tecnologias já fazem parte do seu ambiente social, lúdico e de formação, tal como referiu o professor João Paz. O mesmo acontece aos professores atuais, cuja formação foi imersa nas novas tecnologias de informação e comunicação.
Sabendo que as TIC são consideradas um meio de acesso à informação e comunicação através de texto, imagem, som e etc, podemos reparar que tanto pode ter benefícios como contras na sua utilização na Educação, pois tal como a professora Patrícia Fidalgo afirmou, as TIC proporcionam uma maior variedade de estratégias de ensinar e aprender, em que os alunos são vistos como produtores do seu próprio saber e do seu processo de ensino, permitindo-lhes uma maior autonomia e uma autoaprendizagem. Contudo, tem também os seus contras, nos quais os professores devem ter em atenção. Exemplo disso é o caso da heterogeneidade das atuais turmas, que podem ser compostas por alunos que estão completamente à vontade e apresentam competências na utilização das TIC, como também, podem ter alunos com algumas dificuldades, tornando-se para eles um obstáculo a utilização das mesmas, tal como referiu a professora Patrícia Fidalgo. Cabe aos docentes ter em atenção as diversas situações existentes na turma, e criar métodos que permitam ajudar esses mesmos alunos. Como respeitar os tempos de cada aluno de aprendizagem de competências, criar metodologias que estimulem o seu autoconhecimento e, ainda, disponibilizar os recursos tecnológicos aos alunos. No entanto, para que as TIC sejam realmente úteis no processo de ensino-aprendizagem, é necessário que os alunos adquiram um conhecimento e um “grau mínimo de literacia” (Patrícia, Fidalgo, 2009. “O ensino e as TIC” em ambientes tecnológicos, de modo a conseguirem ultrapassar as suas dificuldades e fazer frente às exigências da utilização das TIC na Educação, apesar de muitos dos jovens já terem crescido rodeados de novas tecnologias.
As TIC desempenham um papel bastante proveitoso na Educação, com várias competências pedagógicas, sendo para nós e respondendo à questão chave, uma necessidade no processo de ensino-aprendizagem nos dias que decorrem. Pois as variadíssimas utilidades que estas podem ter, e que tornam muito mais simples e rápido o acesso à informação, promovendo também uma dinamização sem antecedentes das aulas e uma enorme variedade de situações de aprendizagem, veio facilitar o trabalho do professor, bem como do aluno. O uso de plataformas online (Ex: Moodle), redes de blogues, os quadros interativos, os projetores de vídeo, a televisão, a Internet, o Programa E-escolas são tudo exemplos de recursos associados às TIC e que permitem “um envolvimento bastante positivo de todos os intervenientes num processo de ensino e aprendizagem” (Patrícia, Fidalgo, 2009. “O ensino e as TIC”), em que os alunos interagem e participam de forma ativa e criativa na construção do seu próprio saber, tal como podemos perceber do testemunho do professor João Paz.
As TIC permitem que, por vezes, os alunos desempenhem o papel de professores, em que o professor deve ter um papel de mediador, ou seja, tem a função de manter um equilíbrio entre as matérias e temas que devem ser por ele ensinadas e entre o que os alunos devem pesquisar e trabalhar, através das TIC, de forma autónoma ou com o auxílio do professor. Com isto, faz com que haja uma partilha de ideias entre o professor e os alunos, e permite uma maior autonomia dos alunos pesquizarem e obterem informação acerca de temas educativos, estimulando, assim, o seu próprio conhecimento de uma forma mais criativa e interessante para eles.
As novas tecnologias da informação e comunicação têm vindo a evoluir e a desempenhar um papel cada vez mais necessário na nossa sociedade, sobretudo, a nível da educação. E, cabe às escolas, aos professores e aos pais evoluírem também nesse sentido, para que proporcionem aos alunos uma maior variedade de estratégias de aprendizagem e de aquisição de conhecimentos, tal como refere a professora Patrícia Fidalgo. A escola passa a ser um espaço onde a partilha de saberes reina e, onde os alunos são expostos a uma enorme quantidade de informação, e com variadíssimas estratégias de trabalho em que devem perceber qual a melhor estratégia ou quais as informações necessárias que lhes são úteis, como escolher quais os melhores instrumentos ou ferramentas de suporte à produção e apresentação de trabalhos, como apoio da comunicação, etc. Ou seja, na nossa opinião, as TIC na educação, tornaram-se uma necessidade no processo de ensino-aprendizagem, nos dias de hoje, tornando crianças e jovens em adultos autónomos, com espirito crítico e preparados paras trabalhar e lidar com as variadíssimas estratégias que as TIC permitem.

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Referências bibliográficas:

DIAS DE FIGUEIREDO, António (2000). "Novos media e nova aprendizagem" in Novo conhecimento, nova aprendizagem. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

FIDALGO, Patrícia (2009). “O Ensino e as Tecnologias da Informação e Comunicação” in www.setubalnarede.pt

PAZ, João (2008). “Educação e Novas Tecnologias” in www.setubalnarede.pt

Ponte, J. P. (2002). Universidade de Lisboa. Obtido de Repositório: http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/4202/1/02-Ponte%20%28TIC-INAFOP%29.pdf




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