Já há vários anos que
as novas tecnologias foram enraizadas no nosso dia-a-dia e em toda a sociedade
com as mais diversas funções. No entanto, é vista positivamente por uma parte
da sociedade mas também de um ponto de vista negativo por parte de alguma população.
Isto acontece, sobretudo, quando se fala das Novas Tecnologias na Educação e da
sua relação. Tal como foi referenciado pelo professor e adjunto da área da
Filosofia e das TIC João Paz, ainda há uma grande resistência no uso das Novas
Tecnologias e das TIC por parte dos professores da geração mais antiga. Já por
parte dos alunos a atitude difere bastante, pois as novas tecnologias já fazem
parte do seu ambiente social, lúdico e de formação, tal como referiu o
professor João Paz. O mesmo acontece aos professores atuais, cuja formação foi
imersa nas novas tecnologias de informação e comunicação.
Sabendo que as TIC são
consideradas um meio de acesso à informação e comunicação através de texto,
imagem, som e etc, podemos reparar que tanto pode ter benefícios como contras
na sua utilização na Educação, pois tal como a professora Patrícia Fidalgo
afirmou, as TIC proporcionam uma maior variedade de estratégias de ensinar e
aprender, em que os alunos são vistos como produtores do seu próprio saber e do
seu processo de ensino, permitindo-lhes uma maior autonomia e uma
autoaprendizagem. Contudo, tem também os seus contras, nos quais os professores
devem ter em atenção. Exemplo disso é o caso da heterogeneidade das atuais
turmas, que podem ser compostas por alunos que estão completamente à vontade e
apresentam competências na utilização das TIC, como também, podem ter alunos
com algumas dificuldades, tornando-se para eles um obstáculo a utilização das
mesmas, tal como referiu a professora Patrícia Fidalgo. Cabe aos docentes ter
em atenção as diversas situações existentes na turma, e criar métodos que
permitam ajudar esses mesmos alunos. Como respeitar os tempos de cada aluno de
aprendizagem de competências, criar metodologias que estimulem o seu autoconhecimento
e, ainda, disponibilizar os recursos tecnológicos aos alunos. No entanto, para
que as TIC sejam realmente úteis no processo de ensino-aprendizagem, é
necessário que os alunos adquiram um conhecimento e um “grau mínimo de
literacia” (Patrícia, Fidalgo, 2009. “O ensino e as TIC” em ambientes
tecnológicos, de modo a conseguirem ultrapassar as suas dificuldades e fazer
frente às exigências da utilização das TIC na Educação, apesar de muitos dos
jovens já terem crescido rodeados de novas tecnologias.
As TIC desempenham um
papel bastante proveitoso na Educação, com várias competências pedagógicas, sendo
para nós e respondendo à questão chave, uma necessidade no processo de
ensino-aprendizagem nos dias que decorrem. Pois as variadíssimas utilidades que
estas podem ter, e que tornam muito mais simples e rápido o acesso à
informação, promovendo também uma dinamização sem antecedentes das aulas e uma
enorme variedade de situações de aprendizagem, veio facilitar o trabalho do
professor, bem como do aluno. O uso de plataformas online (Ex: Moodle), redes
de blogues, os quadros interativos, os projetores de vídeo, a televisão, a
Internet, o Programa E-escolas são tudo exemplos de recursos associados às TIC
e que permitem “um envolvimento bastante positivo de todos os intervenientes
num processo de ensino e aprendizagem” (Patrícia, Fidalgo, 2009. “O ensino e as
TIC”), em que os alunos interagem e participam de forma ativa e criativa na
construção do seu próprio saber, tal como podemos perceber do testemunho do
professor João Paz.
As TIC permitem que,
por vezes, os alunos desempenhem o papel de professores, em que o professor deve
ter um papel de mediador, ou seja, tem a função de manter um equilíbrio entre
as matérias e temas que devem ser por ele ensinadas e entre o que os alunos
devem pesquisar e trabalhar, através das TIC, de forma autónoma ou com o
auxílio do professor. Com isto, faz com que haja uma partilha de ideias entre o
professor e os alunos, e permite uma maior autonomia dos alunos pesquizarem e
obterem informação acerca de temas educativos, estimulando, assim, o seu
próprio conhecimento de uma forma mais criativa e interessante para eles.
As novas tecnologias da
informação e comunicação têm vindo a evoluir e a desempenhar um papel cada vez
mais necessário na nossa sociedade, sobretudo, a nível da educação. E, cabe às
escolas, aos professores e aos pais evoluírem também nesse sentido, para que
proporcionem aos alunos uma maior variedade de estratégias de aprendizagem e de
aquisição de conhecimentos, tal como refere a professora Patrícia Fidalgo. A
escola passa a ser um espaço onde a partilha de saberes reina e, onde os alunos
são expostos a uma enorme quantidade de informação, e com variadíssimas
estratégias de trabalho em que devem perceber qual a melhor estratégia ou quais
as informações necessárias que lhes são úteis, como escolher quais os melhores
instrumentos ou ferramentas de suporte à produção e apresentação de trabalhos,
como apoio da comunicação, etc. Ou seja, na nossa opinião, as TIC na educação,
tornaram-se uma necessidade no processo de ensino-aprendizagem, nos dias de
hoje, tornando crianças e jovens em adultos autónomos, com espirito crítico e
preparados paras trabalhar e lidar com as variadíssimas estratégias que as TIC
permitem.
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Referências bibliográficas:
DIAS DE FIGUEIREDO, António (2000). "Novos media
e nova aprendizagem" in Novo conhecimento, nova aprendizagem. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian.
FIDALGO, Patrícia (2009). “O Ensino e as Tecnologias
da Informação e Comunicação” in www.setubalnarede.pt
PAZ, João (2008). “Educação e Novas Tecnologias” in
www.setubalnarede.pt
Ponte,
J. P. (2002). Universidade de Lisboa. Obtido de Repositório:
http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/4202/1/02-Ponte%20%28TIC-INAFOP%29.pdf
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